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Apresentação

Nesta operação pretende-se transmitir conhecimentos científicos e tecnológicos nas áreas das biotecnologias, reprodução e genética animal aos diversos agentes do sector agropecuário, de forma a melhorar a produtividade e a competitividade das empresas agrícolas e, indiretamente, a economia da região Alentejo e a sustentabilidade do meio rural. Mais especificamente, pretende-se contribuir para a melhoria da eficiência dos programas de conservação das raças domésticas autóctones e dos programas de melhoramento genético das raças, tanto autóctones como exóticas, das espécies pecuárias e, de forma mais alargada, para o desenvolvimento e competitividade das empresas pecuárias, mediante formas alternativas de transferência de conhecimento entre a investigação e o setor agrícola Alentejano.


Serão desenvolvidas e implementadas diversas atividades e ações de transferência de conhecimento relacionadas com os recursos genéticos animais para alimentação e agricultura, numa perspetiva de projeção para o futuro, nas áreas da andrologia, embriologia, genética quantitativa e molecular/genómica de forma a envolver a pecuária Alentejana e os profissionais do tecido económico agrícola português. Estas ações envolverão atividades sobre tratamentos superovulatórios e lavagem uterina, produção de embriões in vitro, sexagem, crioconservação, fertilidade, citometria de fluxo, marcadores moleculares, gestão da variabilidade genética, consanguinidade e depressão consanguínea, avaliação genética, seleção de reprodutores, tecnologia do sémen e da inseminação artificial, seleção assistidas por marcadores moleculares, rastreabilidade e caracterização genética, identificação e filiação entre outros, organizadas em sete pacotes de trabalho, cada um subdividido em várias tarefas interdependentes. Estes pacotes de trabalho (PT1. Banco Português de Germoplasma Animal: conservação para uma produção sustentável; PT2. Genética quantitativa: utilização eficiente de ferramentas disponíveis; PT3. Aplicações da genética molecular à produção animal; PT4. Novas perspetivas na Andrologia; PT5. Biotecnologias inovadoras associadas aos embriões; PT6. Disseminação, treino e transferência tecnológica) e PT7 com a Gestão e coordenação da operação. As tarefas do projeto, embora apresentados separada e detalhadamente na memória descritiva estão todas interligadas.


A presente operação conjuga as valências de 4 instituições de I&D do Alentejo (Polo de Investigação da Fonte Boa do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária de Elvas do Instituto Politécnico de Portalegre, Associação de Agricultores do Sul), apoiadas por Associações de criadores e empresas do setor agropecuário da região, que irão beneficiar com a sua execução.

Irão ser implementadas diferentes estratégias de transferência de conhecimento científico e tecnológico sob a forma de seminários, reuniões, cursos, workshops, estágios, etc., através do contacto direto e envolvendo diversas tecnologias de gestão e difusão de informação, aproveitando ferramentas e conceitos já disponíveis (Rede AniDoP), como a internet, sistemas de groupware e workflow, tecnologia push and pull, videoconferência, filmes, manuais, etc. Numa estreita colaboração entre as diversas entidades participantes, nomeadamente com as empresas, estabelecer-se-ão várias iniciativas em eventos (feiras, jornadas, participação em reuniões de OPP’s, entre outros) através de um roadmap tecnológico e mecanismos de vigilância tecnológica que permitam a integração de tecnologia e inovação nas empresas pecuárias.


As ações de transferência de conhecimento científico e tecnológico a desenvolver nesta operação, numa ótica de valorização económica dos resultados disponíveis e acumulados por instituições membros da Rede Regional de Ciência e Tecnologia do Alentejo, permitirão colmatar falhas existentes entre o sector científico e do ensino com o sector produtivo e o tecido empresarial. Há falta de serviços e de empresas em Portugal e no Alentejo, nas áreas das biotecnologias e da genética animal que tem resultado, ao longo dos últimos anos, em dificuldades na sua integração no sector produtivo e na recorrente procura fora da região e mesmo do país. São várias as ações apoiadas por outros programas operacionais, como por exemplo, nos Programas de Desenvolvimento Rural, que devido à sua indisponibilidade regional e nacional, lamentavelmente resultam na importação de serviços.


Pretende-se, através do contacto direto e de ações de demonstração de técnicas e procedimentos já disponíveis conjugadas com técnicas atuas de difusão de informação, potenciar o surgimento de iniciativas empresariais inovadoras e de natureza tecnológica, numa área ainda em que há mercado e está claramente subaproveitada. Estas iniciativas relacionadas com a promoção científica e tecnológica regional, direcionadas para o sector agropecuário com elevada expressão económica na região do Alentejo, poderão potenciar o volume de negócios, favorecer a indústria de transformação e internacionalização da pecuária Alentejana, assente em modos de produção ambientalmente sustentáveis e com potencial de crescimento. 
O conhecimento, ferramentas e técnicas a divulgar na área das biotecnologias, para além de contribuírem para questões de interesse e de dever nacional (p.e. BPGA), irão de encontro às necessidades e às fragilidades referentes os recursos naturais e a biodiversidade identificados no Alentejo. “A gestão destes ativos e da sua valorização económica é fundamental para a conservação e preservação, mas também para a manutenção da qualidade ambiental que caracteriza o ADN da região do Alentejo” (in Uma Estratégia de Especialização Inteligente para o Alentejo, 2014).

 

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