ANI bar top1

Jarmelista

ORIGEM E HISTÓRIA | DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA | PADRÃO DA RAÇA | CARACTERES MORFOLÓGICOS | CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO | CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS | CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA | SISTEMAS DE PRODUÇÃO | PRODUTOS DE INTERESSE | AGRUPAMENTOS DE PRODUTORES | SITUAÇÃO ACTUAL E PERSPECTIVA | ROTA DA RAÇA E DOS SEUS PRODUTOS | SITES SOBRE A RAÇA | BIBLIOGRAFIA |

 

 

Espécie: Bovinos 
 
Classificação Oficial: Autóctone
 
Risco de extinção: Rara
 
Nome: Jarmelista


 
Entidade Gestora do Livro Genealógico: 

Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda

Estrada Galegos - Sitio do Lino 6300-653 Guarda

Telf: 271 230 489

Fax: 271 238 545

E-Mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. 
 
 
Censos: 2020 

Nº Fêmeas: 204

Nº Machos: 25 

Nº Explorações: 22


 
Secretário Técnico:  Engº Paulo Poço

 

Descarregar ficha da raça completa

 


Voltar ao topo

ORIGEM E HISTÓRIA

Segundo dados históricos, os bovinos jarmelistas têm o seu solar de origem na região do Jarmelo, no concelho da Guarda, de onde estes animais receberam o nome de “vacas jarmelistas”, “jarmelas” ou “jarmelenses”. A origem deste local e, mais concretamente, da antiga vila do Jarmelo (ou Germelo), situada a nordeste da Guarda, é muito antiga, como o atestam os vestígios aí existentes. Segundo alguns depoimentos, alguns deles datariam, pelo menos, da Idade do Ferro.

A primeira referência sumária acerca dos bovinos Jarmelistas foi feita por Silvestre Bernardo Lima, em 1870/71, onde menciona esta raça por comparação com a raça mirandesa: “ (...) são pouco mais ou menos deste teor, mas um tanto encostadas ao raiano Salamanquino, as vacas das terras de Jarmelo do concelho da Guarda, ditas vacas jarmelas” (Lima, 1919).

A seguir à referência sintética às vacas jarmelistas feita por Silvestre B. Lima, surgiram ainda no século XIX as descrições do intendente de pecuária da Guarda, José Anastácio Monteiro, uma no Recenseamento Geral de Gados no Continente do Reino de Portugal em 1870 e outra na revista Portugal Agrícola. Com efeito, no primeiro documento pode ler-se: “Esta raça é, sem contestação, não só a melhor do districto mas talvez a do paiz, e atrevo-me mesmo a dizer que póde rivalisar, a vários respeitos, com muitas raças estrangeiras (....) ainda que até hoje não foi avaliado onde podem ir as suas aptidões lactigena e cevatriz, mas pelo bello aspecto dos animaes, pela robustez e proporcionalidade em toda a economia animal (...) vê-se que reúnem em si predicados que só as raças especiaes os possuem”. Porém, Anastácio Monteiro não deixa de assinalar que já nessa altura o gado jarmelista era cruzado frequentemente com outros bovinos, em particular os mirandeses: “Em favor do que deixo dito está a fixidade de seus caracteres e aptidões, pois abandonada como está a si mesma e sem haver cuidado de espécie alguma com a sua propagação e alimentação, ainda hoje apparecem bastantes indivíduos puros, como sendo reservatório das boas qualidades da raça, que não lhe acudindo a tempo em breve desaparecerão, por causa dos constantes cruzamentos a que a sujeitam com raças mais inferiores”

José Anastácio Monteiro orientou uma iniciativa de esperança para o gado jarmelista que porém, foi forçado a suspender, ao fim de alguns anos. Com efeito, inserida na iniciativa da criação de quintas experimentais tuteladas pelo Estado e com o objectivo de intervir activamente no progresso agro-pecuário do país, foi criada em 1876, a Quinta Distrital da Guarda, a exemplo das já existentes em Sintra e no Porto. Com o nome de Quinta das Relvas, localizava-se na freguesia de Cavadoude, a cerca de 10 quilómetros noroeste da Guarda, espaço hoje situado na área do Parque Natural da Serra da Estrela. Orientada pelo próprio José Anastácio Monteiro, na qualidade de Intendente de Pecuária e pelo agrónomo Joaquim Pedro Castelo Branco, técnico igualmente entusiasta da raça a actividade da Quinta inclui desde logo o melhoramento dos bovinos e caprinos do Jarmelo. O entusiasmo do Intendente de Pecuária da Guarda, que se materializou também na publicação efémera do jornal A Beira Agrícola (1883), parece ter dado frutos temporários, uma vez que as vacas jarmelistas apareceram nas exposições pecuárias de Coimbra, entre 1900 e 1902. Porém, nessa altura já as quintas experimentais tinham sido extintas, em 1891, na sequência da polémica reforma dos Institutos e Escolas Industriais e Agrícolas.

Não é fácil reconstituir esta actividade, mas existem porém algumas indicações positivas dispersas, como por exemplo as notas de Silvestre Bernardo Lima, a propósito da Exposição Agrícola de Lisboa de 1884: “ (...) prenderam particularmente a nossa attenção as vaccas da sub-raça do Jarmello, notáveis e muito de apreciar pela sua aptidão lactifera. Conviria investigar como e porque, tanto as vaccas, como as cabras, na região circumscripta de Jarmello, proximo à Guarda, assumem aptidão lactigena, procedendo as vaccas da stirpe mirandeza que não é leiteira, e as cabras da stirpe serrana da serra da Estrella, que não é galláctica de primor.” Na categoria dedicada aos cruzamentos “entre as raças estrangeiras e as raças portuguezas” o autor refere ainda a presença de “um exemplar do Jarmello cruzado com Alderney, pertencente á Quinta Regional de Cintra, ensaio de cruzamento este que promete ser valioso” (Lima, 1919).

É no começo do século XX que surge uma nova tese, proposta por João Tierno em 1904 e retirada cerca de 30 anos depois, apontando objectivamente para uma origem do gado jarmelista diferente da do gado mirandês. Esta tese surge inserida na sua monografia fundamental sobre esta última raça, trabalho para o qual o autor observou criticamente os dois tipos de animais. Trata-se, assim, da mais antiga análise comparativa de que se dispõe. O autor diz: “A ganaderia vacum do Jarmello tão pouco corresponde a qualquer forma intermédia; afigura-se-nos (...) que não é uma sub-raça, mas um verdadeiro grupo ethnico independente, em estado de variação desordenada, desde que, para lhe dar corpo e maior resistência, entraram a cruzá-lo com o gado de Miranda, sem resultados favoraveis de maior monta. (...) Estes animaes constituem um grupo ethnico ou sub-ethnico, que se deve filiar nas raças que teem por habitat as regiões montanhosas do nordeste de Espanha. Em Santander, nas Astúrias, na Galiza e em Leão existem vacas que produzem entre 8 e 12 litros de leite por dia, durante boa parte do anno, sempre que nos valles que habitam há alimentação copiosa e constante, principalmente de março a novembro. As vacas santanderinas, mansas e dóceis, teem a cabeça pequena, hastes curtas, thorax estreito, mas fundo, garupa saliente, membros delgados, úbere um tanto volumoso, elástico, de tetos finos e escudo mamário bem pronunciado, e amojam, quando bem alimentadas, 8 a 10 litros de leite, muito rico em gordura”. Apesar desta proposta original, não foi ainda este autor quem forneceu uma descrição detalhada sobre os bovinos do Jarmelo, limitando-se a citar as características já referidas por Anastácio Monteiro (Tierno, 1904).

Dois anos depois, em 1906, José Miranda do Vale publica uma obra sobre as raças bovinas nacionais, onde assume que as características das vacas jarmelistas deverão ser explicadas pelas condições ambientais da região, mas discorda de Tierno quanto à origem dos animais, que considera estarem directamente filiados nos mirandeses (Vale, 1906).Mais tarde Miranda do Vale, numa outra publicação sua, confirma novamente a sua opinião anterior: “ São vaccas mirandezas inselectas, que até na sua bastardia puxam para a restante população mirandeza, principalmente notavel na tendencia para a convexidade do perfil e descoloração do pelame”. Defende, de acordo com os critérios científicos da época, que a questão se deve resolver pela análise das características do crânio, entendendo que os animais jarmelistas apresentam aí uma configuração semelhante à dos bovinos do “tronco ibérico, onde se filiam também os bovinos mirandezes”. Descrevendo-o com mais promenor, diz ainda: “ Os caracteres ethnicos que observámos nas vaccas jarmellistas são os seguintes: Protuberância frontal proeminente e de cumes afastados na linha média. Cornos acabanados. Fronte rectilinea sepultada entre bossas frontaes muito desenvolvidas. Nasaes convexos suturados em abobada circular. Lacrymaes deprimidos na articulação com os nasaes. O ramo externo do osso incisivo muito convexo. Arcada incisiva larga. Pellame com pigmentação escura centrifuga”. No entanto, Miranda do Vale não deixa passar em claro o interesse económico desta população, não desculpando “as estações officiaes de descurarem o melhoramento e selecção de tão promettedora variedade. Quer as vaccas jarmellistas sejam uma variedade mirandeza ou uma sub-raça santanderina, merecem todo o desvelo e cuidado da Repartição dos Serviços Pecuarios, quando não seja pelos animaes em si, pela região em que vivem, a qual é eminentemente propria para a produção de leite.” Desta forma, apresenta uma proposta de intervenção estatal, com o duplo objectivo de seleccionar e fomentar este tipo de vacas e, paralelamente, de promover a economia de região através da produção de leite e manteiga, esta última que já então se fazia em Almeidinha (Vale, 1949).

Seria preciso esperar cerca de uma dúzia de anos para que fosse publicada uma descrição completa das vacas jarmelistas, na tese de doutoramento de Mário da Costa em 1919, considerando estes animais também como uma variedade mirandesa. Além deste trabalho, e durante a primeira metade do século XX, as restantes referências aos bovinos jarmelistas encontram-se apenas em trabalhos que analisam a produção de leite e lacticínios. Neles não se coloca a questão de caracterização étnica, limitando-se os autores a assumir o que já fora escrito a esse respeito por Bernardo Lima ou por José Anastácio Monteiro.

Anos mais tarde, os artigos de Joaquim Ferreira e de Manuel Leitão publicados no Boletim Pecuário de 1950 (n.º XVIII), dedicados a recordar e evidenciar as boas características da raça mirandesa, parecem ter também a preocupação de clarificar a questão da identidade étnica dos bovinos do Jarmelo. Joaquim Ferreira, defende em primeiro lugar que naquela data já seria muito pouco provável a existência de bovinos jarmelistas com as mesmas características observadas pelos autores do século XIX; que “mesmo admitindo uma outrora raça bovina jarmelista”, cita um depoimento de Anastácio Monteiro, “entre todos o que possivelmente mais de perto conheceu o gado bovino do planalto do Jarmelo”, em que este se refere que os cruzamentos como o gado mirandês terão começado a ocorrer durante o primeiro quartel do século XIX. Alargando ainda o seu ponto de vista, Joaquim Ferreira defende também que a produção leiteira pela qual os animais do Jarmelo se distinguiam, não só não constituía uma característica suficiente para reclamar o estatuto de raça, como deveria ser explicada pelas condições ambientais especialmente favoráveis (climáticas e alimentares), existentes na região do Jarmelo.

O estudo de Manuel Leitão acima mencionado está datado de 1940, ou seja, os elementos aí publicados foram obtidos cerca de 10 anos antes da sua publicação no Boletim Pecuário de 1950, onde este faz uma comparação morfológica detalhada dos animais mirandeses como os bovinos do Jarmelo, utilizando a mesma metodologia. No sentido de tentar obter uma imagem global dos “500 bovinos que povoam a região do Jarmelo propriamente dita” (Castanheira, S. Miguel e S. Pedro do Jarmelo), o autor refere: “Dos animais que julgamos terem constituído inicialmente os bovinos do Jarmelo, encontrámos uma meia dúzia de vacas já tocadas pelo sangue mirandês, verdadeiros achados no meio de tanta confusão”; depois da descrição destas vacas, acrescenta ainda: “A exemplo do que fizemos para o mirandês, desejávamos descrever também o tipo do touro jarmelista, coisa impossível por não encontrarmos nenhum; os que presentemente funcionam nos postos de reprodução, são do tipo mirandês”. Algumas décadas depois, o autor faz outro comentário, cujas razões, lamentavelmente não explicou com mais detalhe: “Hoje, depois de nos termos dedicado a um exame mais profundo dos elementos que então reunimos, e de outros que posteriormente encontrámos, inclinamo-nos muito mais para considerar a vaca do Jarmelo como tendo sido a representante no nosso país da raça Asturiana de Espanha”.

Desde a publicação do estudo de Manuel Leitão (1950), o gado jarmelista ficou praticamente esquecido, durante a metade seguinte do século, até ao trabalho de Coelho em 1954. O estudo de Manuel Coelho, embora admita que tenha existido no passado uma raça jarmelista com “com caracteres morfológicos bem distintos” e “predicados inegualáveis”, conclui que na altura a que se refere a sua análise “a população bovina do Jarmelo é essencialmente constituída por gado mirandês (...)”. Apesar desta conclusão, é praticamente o único trabalho a comentar os quantitativos das espécies pecuárias da região (que considera ser composta pelas freguesias de Castanheira, Gagos, S. Miguel, S. Pedro, Ribeira dos Carinhos, Pínzio e Pomares), comparando para esse efeito os números obtidos nos recenseamentos de 1934 e de 1940. Assim no que respeita aos bovinos e sem especificar o tipo de animais, a população terá evoluído de 872 para 1.050 cabeças entre as duas datas (mais 20,4%). Durante cerca de 50 anos este trabalho parece ter constituído o fim das atenções dadas aos bovinos jarmelistas por parte de entidades ou personalidades capazes de ter algum tipo de intervenção junto deles (Coelho, 1954).

Outros elementos explicitam que se realizaram concursos pecuários no Jarmelo entre 1938 e 1940, promovidos pelo veterinário municipal da Guarda, e com o apoio da Intendência de Pecuária de Castelo Branco. Posteriormente, e até aos primeiros anos da década de 1950, os concursos continuaram a ocorrer, embora de forma irregular. Outro facto foi a criação de um “núcleo” de gado jarmelista, também por iniciativa da Intendência de Pecuária, provavelmente em 1940 ou 1941. Para aí foi conduzido um número significativo de animais adquiridos aos produtores, tendo-se localizado no limite da freguesia de Arrifana, próximo da Guarda. As tradicionais festas do Jarmelo, que a partir do ano 1980 se tinham passado a chamar “Feira Concurso”, constituíram um dos instrumentos utilizados para o fazer, procurando atrair as atenções para os seus animais e para a região. O carácter das festas e dos concursos alterou-se, passando a ter maior visibilidade, publicitando os animais do Jarmelo através de estruturas mediáticas de abrangência nacional e utilizando formas de animação susceptíveis de atrair públicos-alvo determinados.

Por ocasião da XXI Feira-Concurso do Jarmelo em 2004, foi assinado um protocolo para a realização de um estudo a seu respeito, envolvendo a ACRIGUARDA e três instituições oficiais: a Direcção Geral de Veterinária – DGV, a Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior – DRABI e o Instituto de Investigação Agrária e das Pescas – INIAP. Por outro lado, também a Câmara Municipal da Guarda, na Assembleia Municipal de 27 de Abril de 2006, veio a aprovar, por unanimidade, uma proposta de Agostinho da Silva (Deputado Municipal, por inerência das funções de Presidente da Junta de Freguesia), que declarava os bovinos jarmelistas “de interesse municipal”.

Na sequência destes factos foi realizado em 2006, e depois divulgado on-line, um estudo que resultou da cooperação de técnicos da DGV, do INIAP e da ACRIGUARDA. Neste estudo, que recorreu unicamente à análise de caracteres morfológicos, foi utilizado o método da taxonomia numérica para analisar as características em animais previamente seleccionados como possíveis jarmelistas. Os resultados do estudo, mostram claramente “que os machos e fêmeas estudados constituem um grupo distinto e independente”, levando a confirmar “a existência de uma população bovina autóctone (...) que urge preservar” (Sobral et al., 2006).

 


Voltar ao topo

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

 

O solar da raça Jarmelista é na antiga vila do Jarmelo, sede de município português, estatuto que perdeu em 1855, ano em que foi extinto e o seu território integrado no concelho da Guarda. O concelho era constituído, até ao início do século XIX, por doze freguesias: Castanheira, Ribeira dos Carinhos, Jarmelo (São Miguel), Jarmelo (São Pedro), Pínzio, Pomares, Jarmelo (Santa Maria Maior), Argomil, Cheiras, Rabaça, Toito e Trocheiros. Actualmente, o território da antiga vila reparte-se pelas freguesias de São Miguel do Jarmelo e de São Pedro do Jarmelo (ACDJ, 2010).

São Pedro do Jarmelo é uma freguesia do concelho da Guarda, com 23,18 Km2 de área, 195 habitantes e uma densidade de 8,4 hab/Km2 (2002). Esta freguesia faz fronteira com as freguesias de S. Miguel do Jarmelo, Ribeira dos Carinhos, Castanheira, Gagos, Pousade, Casal de Cinza e GonçaloBocas. A freguesia de São Pedro do Jarmelo dista 10 Km da sede de concelho e é constituída por 8 anexas, nomeadamente parte de Mãe de Mingança, Devesa, Ima, Urgueira, Pereira, Granja, Almeidinha e Donfins (Observatório Local, 2004).

 

 

 

Em 9 freguesias do concelho da Guarda, localizam-se criadores da raça bovina Jarmelista, tais como:

  • Sé (Guarda)
  • Casal de Cinza
  • Miguel
  • Famalicão
  • Pedro do Jarmelo, é uma freguesia portuguesa do concelho da Guarda, com 23,18 km2 de área e 195 habitantes (2001). Densidade: 8,4 hab/km².
  • Maçainhas.

 


Voltar ao topo

PADRÃO DA RAÇA

A conformação desta raça advém das condições climáticas e regime alimentar a que foi sujeita ao longo dos anos. Este tipo de regime muito desequilibrado originou-lhe um grande desenvolvimento dos cornos, da região abdominal e de toda a sua estrutura óssea.

  • Corpulência e conjunto de formas – bovinos compridos de estatura grande, com linha dorso-lombar horizontal podendo por vezes apresentar-se ligeiramente selada, de esqueleto fino, formando no seu todo um conjunto harmonioso;
  • Pelagem – cor amarela clara com extremidades mais escuras. O contorno das aberturas naturais e mucosas são geralmente de cor clara. Os machos, são normalmente de cor mais escura;
  • Andamentos – fáceis, enérgicos e corretos;
  • Temperamento – dócil;
  • Adaptabilidade – são animais muito rústicos, adaptando-se facilmente a condições ambientais adversas e a sistemas de exploração mais difíceis e pobres;
  • Cabeça – tamanho mediano, com perfil sub-côncavo a recto e chanfro médio a comprido e de pelagem mais clara interpolada com pêlos escuros. A marrafa é abundante com pêlos compridos e claros; focinho descaído e largo de coloração escura; olhos médios a oblíquos com zona orbital clara ou sem zona orbitral; orelhas médias/grandes com pêlos compridos e claros na face interna; cornos médios de cor clara, escuros na ponta de secção circular, que saem na horizontal para a frente e para cima, por vezes podem virar ligeiramente para fora;
  • Pescoço – curto, apresentando barbela, de cor por vezes mais escura que o tronco;
  • Cernelha – larga, apresentando-se saliente nos machos;
  • Garupa – relativamente inclinada e a cauda tem uma inserção alta, apresentando pêlos mais escuros e uma borla encabelada e de cor mais clara;
  • Úbere – de cor clara, simétrico e bem desenvolvido, tem tetos malhados e veias salientes;
  • Membros – altos, apresentando pelagem de uma maneira geral mais clara.

Fêmea Jarmelista

 


Voltar ao topo

CARACTERES MORFOLÓGICOS

 

 


Voltar ao topo 

CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO

 

 


 Voltar ao topo

CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS

 

 


Voltar ao topo 

CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA

 

 


Voltar ao topo 

SISTEMAS DE PRODUÇÃO

 

 


Voltar ao topo 

PRODUTOS DE INTERESSE

 

 


Voltar ao topo 

AGRUPAMENTOS DE PRODUTORES

 

 


Voltar ao topo 

SITUAÇÃO ACTUAL E PERSPECTIVAS

 

 


Voltar ao topo 

ROTA DA RAÇA E DOS SEUS PRODUTOS

 

CRIADORES

RECEITAS

RESTAURANTES

 


Voltar ao topo

SITES SOBRE A RAÇA

 

 


Voltar ao topo

BIBLIOGRAFIA

 

 

 

Main Menu