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ORIGEM E HISTÓRIA | DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA | PADRÃO DA RAÇA | SISTEMAS DE PRODUÇÃO | CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS | DESENVOLVIMENTO E PERSPETIVAS FUTURAS | PRODUTOS DE INTERESSE | AGRUPAMENTOS DE PRODUTORES | SITES SOBRE A RAÇA | BIBLIOGRAFIA |

 

Espécie: Ovinos

 

 

 

 

 

 

Classificação Oficial: Autóctone

Risco de extinção: Em perigo de extinção

Nome: Mondegueira

 

Entidade Gestora do Livro Genealógico:

Agrupamento de Produtores da Raça Ovina Churra Mondegueira (APROMEDA CRL)

Avenida Gago Coutinho e Sacadura Cabral 520

6430-183 Meda, Guarda

Tel.: (+351) 964160166

E-Mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
URL:

Censos: 2020

Nº Fêmeas: 2264

Nº Machos: 99

Nº Explorações: 37

Secretário Técnico:

Dra. Sara Roque

 

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ORIGEM E HISTÓRIA

O estudo da história da raça Mondegueira é uma tarefa difícil tendo em conta as poucas fontes de informação que nos chegaram até aos dias de hoje, não se dispondo de dados suficientes para se precisar com segurança a sua provável origem.

As caraterísticas lanares e a pigmentação centrífuga verificada nalguns animais da raça ovina Mondegueira e, ainda a sua aptidão leiteira, denunciam na sua representação ancestral o Ovis aries studery.

Contudo, segundo Miranda do Vale (1949), as várias populações de ovinos nacionais de raça churra (onde se inclui a raça Mondegueira), têm origem nos ovinos do tronco ibérico (Ovis aries iberica).

A Mondegueira é das raças ovinas mais primitivas da península Ibérica, supondo-se que antigamente fosse esta a raça mais disseminada em toda a Beira Alta, principalmente na zona meridional do distrito da Guarda.

(fonte: segundo Sá e Glória 1959, citado por Pimentel J., 1995)

 

Segundo a Direção Geral da Pecuária em 1987, a raça ovina Mondegueira era um agrupamento étnico com certa representação na zona da Serra da Estrela, ao longo das bacias hidrográficas superiores do Mondego - do qual tirou o nome - e do Zêzere.

Tradicionalmente a transumância no passado dos gados serranos fazia-se para os campos da Idanha, para o Douro e para os campos de Coimbra. Eram deslocações com rebanhos numerosos que permaneciam, em média cinco meses fora dos locais de origem. Os gados partiam, normalmente, nos primeiros dias de outubro, permanecendo fora toda a invernada. No presente o gado deixou de percorrer tão grandes distâncias, para ficar em concelhos do planalto da Beira Alta, demorando apenas um dia no trajeto, enquanto antes gastavam cinco a seis dias. (Martinho A. T., 1978). Atualmente nenhum rebanho da raça ovina Mondegueira pratica a transumância.

(fonte: Martinho A. T., 1978)

A principal e primeira aptidão a ser explorada nos ovinos da raça Mondegueira foi a lã churra (grosseira e comprida), que representava o fator de rendimento mais importante para o produtor. A lã, para além do seu valor económico, constitui a cobertura protetora externa do animal durante os rigores do inverno, ajudando a conservar a temperatura do corpo e, juntamente com o ar que está entre as suas fibras, a não deixar arrefecer a pele.

A região da Beira Alta, nomeadamente o concelho da Guarda estão ligados à história dos lanifícios, principalmente pelo peso da atividade nas freguesias de Maçainhas, Trinta e Meios na confeção de cobertores de papa (peça de lã de fio grosso, assim chamado devido ao fato de ter um pelo bastante comprido) e mantas feitos de lã churra de ovelha, de pelo mais comprido, macios e de alta qualidade, que confortavam e aqueciam nas invernias geladas da Serra, vestindo pastores e agasalhando serranos.

A produção destes famosos cobertores de papa nesta região, fabricados exclusivamente com lã churra de ovelha, remonta ao reinado de D. Sancho II, no início do século XII. O cobertor de papa, também é conhecido por cobertor de pelo, manta lobeira, mante barrenta ou manta de pastor, pesando em média três quilogramas e medindo 1,70 m de largura e 2,40 m de comprimento.

(fonte: sítio do Município da Guarda e da freguesia de Maçainhas, respetivamente)

 

Posteriormente, influenciada pelo desenvolvimento da indústria local de lanifícios, a qual passou a consumir maiores quantidades de lãs de qualidade superior às churras, verificou-se uma diminuição significativa dos ovinos da raça Mondegueira. Ultimamente, a contínua desvalorização das lãs churras têm feito diminuir o efetivo Mondegueiro na sua área de exploração tradicional (segundo Sá e Glória 1959, citado por Pimentel J., 1995).

Atualmente a lã é considerada como um subproduto na economia da exploração, a seguir á produção de leite e à produção de carne de borrego, devido ao seu baixo valor comercial e ao custo inerente à tosquia. Poderá, contudo, ser uma mais-valia a sua utilização em artigos de artesanato local ou regional de elevada qualidade.

Apesar dos rebanhos de ovinos da raça Mondegueira se localizarem numa região agreste, bastante fria, chuvosa e pobre em pastos, o gosto dos produtores pelas características destes ovinos de lã churra, tem contribuído em grande parte para a sua manutenção.

A raça ovina Mondegueira é a imagem do meio agreste em que vive, refletindo as condições dos solos, do clima e da cultura local, incluindo o ambiente socioeconómico, em que é atualmente mantida, onde tem tido uma importância primordial na economia destas zonas periféricas de montanha, enquanto principal fonte de rendimento dos produtores de ovinos.

 


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DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

A ovelha Mondegueira tem o seu solar de origem situado numa zona montanhosa na zona interior da Beira Alta, na parte noroeste do distrito da Guarda, a norte do Alto Mondego, na área de confluência das regiões naturais Beira Douro, Beira Alta e Nordeste Transmontano (Pimentel J., 1995). A sua localização inicial foi naturalmente determinada pelas suas características físicas, nomeadamente a sua robustez e fácil capacidade de adaptação ao meio ambiente.

Em consequência da evolução da Bordaleira Serra da Estrela que alargou a sua área de maior influência às zonas de criação das Mondegueiras, obrigou este ovino a diminuir de número drasticamente no seu solar de origem, nomeadamente nos Concelhos de Fornos de Algodres e Celorico da Beira (Pimentel J., 1995).

De salientar, no entanto, o alargamento da área de exploração tradicional dos ovinos desta raça, que se estendeu a concelhos mais a norte do seu solar de origem e mais recentemente a sul, mais precisamente aos concelhos de Belmonte e Covilhã, onde rebanhos de ovinos de Churro do Campo foram substituídos pela raça ovina Mondegueira.

O alargamento do solar de exploração dos ovinos de raça Mondegueira a norte (concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Moncorvo, etc.), verificado desde há dezenas de anos, tem fortemente substituído ou influenciado os churros ai explorados, sobretudo os badanos, onde se reconhece o seu efeito melhorador na produção de leite.

Atualmente, no novo solar da raça ovina Mondegueira, cada vez mais demarcado do solar da raça Serra da Estrela, existem rebanhos nos concelhos de Penedono, Meda, Trancoso, Celorico da Beira, Guarda, Pinhel, Belmonte e Covilhã. A atual localização geográfica da raça ovina Mondegueira é em primeira linha consequência da sua capacidade de adaptação ao clima desta região beirã, onde no inverno as baixas temperaturas, com longos períodos de neve, e a elevada pluviosidade e ventos fortes imperam.

A raça ovina Mondegueira está predominantemente localizada (75% dos rebanhos e 69,8% dos efetivos) numa região planáltica designada por Terra Fria Beirã (abrange os concelhos de Penedono, Meda, Trancoso, Celorico da Beira, Guarda e Pinhel), com as explorações situadas a uma altitude que varia entre os 450 e os 850 metros, cortada, de forma abrupta, pelos profundos vales dos rios Mondego, Côa e Távora, que a limitam respetivamente a sul, este e oeste, e muitos ribeiros, oferecendo uma diversidade de paisagens em que alternam os montes de granito, floresta, mato espontâneo, pomares, vinha e prados naturais.

 

Distribuição geográfica do atual solar da ovelha Mondegueira

 


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PADRÃO DA RAÇA

 

CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA

Da análise da estrutura genética de populações animais ovinas churras portuguesas, nas raças geograficamente próximas, o nível de diferenciação tende a ser pequeno e o fluxo de genes entre raças parece evidente, conduzindo a uma certa similaridade entre as raças churras do norte do país (Santos-Silva F. et al., 2009).

A avaliação da diversidade e diferenciação genética nas raças ovinas churras com marcadores microssatélites confirma que as raças ovinas churras autóctones representam um importante reservatório de diversidade genética. Nesta análise, a raça ovina Mondegueira permanece no mesmo cluster das raças Churra da Terra Quente, Galega Bragançana e Galega Mirandesa. Estas raças churras do norte de Portugal apresentam um nível de diferenciação extremamente baixo. A raça Churra da Terra Quente está muito perto da raça Mondegueira, sugerindo uma influência muito forte da raça Mondegueira na criação da raça Churra da Terra Quente. (Santos-Silva F. et al., 2008).

 

 (legenda: MO-Mondegueira; TQ-Churra da Terra Quente; GB-Galega Bragançana; GM-Galega Mirandesa; BA-Badana; AL-Algarvia; AS-Assaf)

(fonte: Santos-Silva F. et al., 2008)

 

Da análise do agrupamento que inclui todas as raças churras do norte do país podemos concluir que, de uma forma global, a raça Mondegueira encontra-se mais próxima da raça Churra da Terra Quente e ligeiramente mais afastada das outras raças churras do norte do país.

 

PADRÃO DA RAÇA

Os ovinos da raça Mondegueira são animais de notável rusticidade, de regular desenvolvimento corporal, eumétrico (que representa o peso e proporções normais da espécie) e de perfil ortoide (que tem os planos craniofaciais

paralelos).

São animais de corpulência média que apresentam lã de tipo churra, de cor branca, que por vezes apresentam os lábios pigmentados de preto ou castanho. Tem velo de extensão mediana, pouco tochado, que não recobre a cabeça, as extremidades dos membros e a barriga. Ambos os sexos possuem cornos em espiral mais ou menos aberta, rugosos e de secção triangular. O padrão da raça constante do regulamento do Livro Genealógico é o seguinte:

  • Estatura média e de cor branca. O peso vivo nos adultos é de 50 a 60 Kg nos machos e 40 a 50 kg nas fêmeas;
  • Pele fina e untosa de cor geralmente branca, por vezes com pigmentação à volta dos olhos, orelhas e extremidades dos membros;
  • Velo de mediana extensão, pouco tochado, de madeixas pontiagudas que reveste o pescoço e o tronco, com exceção de partes da barriga e partes livres dos membros;
  • Cabeça de volume médio, deslanada, mas com tufo de lã na fronte (poupa), perfil craniano reto, chanfro ligeiramente convexo, sobretudo nos machos, orelhas horizontais de comprimento médio, cornos em ambos os sexos em forma de espiral aberta, rugosos e de secção triangular, boca grande de lábios grossos por vezes pigmentados de preto ou castanho, olhos grandes;
  • Pescoço estreito de forma triangular, revestido de lã, sem barbela nem pregas, com ligação regular ao tronco;
  • Peito estreito com costelas ligeiramente arqueadas, linha dorso-lombar horizontal com dorso e lombos estreitos, o ventre é de volume médio e por norma deslanado, garupa curta estreita e um tanto descaída;
  • Membros geralmente finos mas fortes, deslanados na parte terminal, nádega pouco desenvolvida, unhas rijas;
  • Úbere de forma globosa, de bom volume, revestido por uma pele fina e elástica, com sulco mediano evidente, tetos de bom desenvolvimento e bem implantados.

 


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CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS 

 

PRODUÇÃO DE LEITE

A produção de leite da ovelha Mondegueira é influenciada pela diferenciação genética que se verifica entre os diferentes rebanho (e dentro dos rebanhos, pela diferença genética entre os diferentes animais), pela diferente disponibilidade alimentar, pelo maneio praticado nas diferentes explorações, pelas condições climatéricas agrestes e por todo o restante conjunto de outros fatores ambientais que influenciam a produção de leite, nomeadamente o clima.

A ovelha Mondegueira é uma das melhores ovelhas de produção de leite existentes em Portugal. A importância atual desta raça deriva da sua boa capacidade leiteira, contudo a falta de elementos atualizados não nos permite afirmar com rigor o valor real das suas produções.

Por norma a ordenha da maioria das ovelhas inicia-se um mês depois do parto. Ao longo dos últimos anos têm existido várias fontes de informação, que explanamos nas tabelas seguintes:

Produção leiteira da ovelha Mondegueira

Dos valores médios apurados para os dois anos produtivos (1992/93 e 1993/94), a média encontrada para a produção total atingiu os 152,3 litros de leite com uma duração média de lactação de 192 dias. Para a produção normalizada aos 150 dias, obtiveram-se 132,9 litros de leite (Pimentel J., 1995)

Ainda, no trabalho de Pimentel J. (1995), referente à estimativa das produções através de resultados dos controlos periódicos, em função de todos os animais contrastados em 1992/93 e 1993/94 em que foi possível aplicar o Método de Fleishman, pode-se salientar que a produção total máxima verificada foi de 404,6 litros de leite, de uma ovelha pertencente a um criador do concelho de Trancoso em que se verificou uma produção total média de 257,4 litros por ovelha contrastada. A produção normalizada máxima verificada foi de 295,6 litros de leite, de uma ovelha pertencente ainda ao mesmo produtor, sendo o seu rebanho com a produção normalizada mais alta, em que a média por animal se situou nos 204,5 litros para os 150 dias de lactação. Todos os valores apresentados são referentes ao ano produtivo de 1993/94.

 

PRODUÇÃO DE CARNE

A ovelha Mondegueira, à semelhança do seu par, a ovelha Serra da Estrela, e citando Dinis R. (2013), tem vocação predominantemente leiteira, contudo, nos últimos anos, a produção de carne tem vindo aumentar, contribuindo cada vez mais para o rendimento das explorações. Os borregos de leite têm uma valorização importante, tanto na sua zona de produção, como nos grandes centros urbanos, especialmente nas épocas festivas.

Este borrego de leite ou de canastra resultou, ao longo dos tempos, do interesse dos produtores em começarem a ordenhar o mais cedo possível as suas ovelhas, tendo em conta as capacidades desta raça em conseguir excelentes reposições diárias no primeiro mês de vida, que, associado à excelente qualidade da sua carne e aos hábitos alimentares dos portugueses revelou desde sempre uma clara aceitação pelos consumidores locais e principalmente dos grandes centros de consumo.

Os borregos nascem em média com 3,6 kg (variando o peso vivo em função do sexo dos jovens animais, do tipo de parto e o fato da ovelha ser primíparas ou multíparas). O peso vivo dos borregos aos 30 dias varia também em função dos mesmos parâmetros, pesando em média 9,3 kg. Aos 70 dias de vida o peso médio é de 14,4 kg.

Em regra os borregos são abatidos com um mês de idade para se iniciar quanto antes a ordenha. Contudo, em alguns efetivos os borregos podem ser abatidos até aos 45 dias de idade, tendo em conta o binómio oferta/procura. Nos rebanhos em que não é feita a ordenha os borregos são abatidos entre o mês e os 45 dias de idade, variando a idade de abate da referida capacidade de resposta do mercado. Apenas os animais para renovação do efetivo, nomeadamente as borregas de substituição, são mantidos com as mães até aos dois meses, dois meses e meio de idade.

Os pesos médios são variáveis de exploração para exploração, existindo outras fontes de informação ao longo dos últimos anos, que expomos nas tabelas seguintes:

A recolha e compilação dos dados do ano de 2013, através da pesagem dos borregos ao nascimento, permite apresentar os seguintes resultados:

 

O peso médio dos animais adultos desta raça, varia nos machos entre os 50 e 60 kg, enquanto as fêmeas adultas atingem 40 a 50 kg de peso vivo, existindo algumas diferenças nas fontes de informação, referidas nas tabelas seguintes:

 

É de referir que o rendimento retirado da produção de borrego churro, que advém da sua elevada qualidade e excelentes características organoléticas (tenrura, aroma e suculência), tem uma grande importância socioeconómica para os produtores da ovelha da raça Mondegueira, completando a valorização dos produtos da sua fileira.

 

Borregos da raça ovina Mondegueira

 

PRODUÇÃO DE LÃ

Atualmente a produção de lã não tem muito significado para o rendimento das explorações de ovinos da raça Mondegueira. O velo é pesado, embora não muito extenso, de madeixas pontiagudas ou apinceladas. Apresentam elevadas percentagens de fibras meduladas e de pelo morto ou castanho, que o desvalorizam. Como em todas as lãs churras as suas fibras são compridas e de toque áspero.

As características médias da lã dos ovinos da raça Mondegueira são as seguintes:

 

CARACTERES REPRODUTIVOS

A raça Mondegueira possui uma boa capacidade reprodutiva. É de ciclo ovárico contínuo e tem uma prolificidade elevada (1,2 borregos nascidos por parto, no ano de 2013). Reconhece-se-lhe precocidade, pois há fêmeas que se cobrem antes do ano de idade. Em regra o primeiro parto verifica-se entre os 15 e os 20 meses.

Esta raça é bastante fértil (capacidade de, até a uma fase avançada da vida, produzir descendência com boa vitalidade) e prolífica (numero de ovos formados por período de fecundação, bem como a capacidade de levar gestações múltiplas até ao fim). Apresenta ainda uma boa taxa de fecundidade (número de borregos nascidos durante um determinado período de tempo). A sua atividade sexual alarga-se por todo o ano, podendo as cobrições nas explorações que só produzem borrego, decorrer durante todo esse período. Contudo, por norma, há uma época principal de cobrição na primavera (de abril até junho/julho), para obter partos no fim do verão e iniciar a ordenha a partir de outubro/novembro, e uma época secundária no outono para cobrição das malatas e ovelhas vazias da época anterior.

Os elementos conhecidos sobre o comportamento reprodutivo da raça ovina Mondegueira, permitem indicar os seguintes índices:

 

PRODUÇÃO DE QUEIJO

A importância socioeconómica da raça Mondegueira deriva da sua boa capacidade leiteira, sendo uma das três raças ovinas autóctones portuguesas de aptidão predominantemente leiteira, que tem como principal função a produção de leite e que contribui conjuntamente com a raça ovina Serra da Estrela, seu par no concelho de Celorico da Beira e em algumas freguesias dos concelhos da Guarda e Trancoso, para o fabrico do famoso queijo “Serra da Estrela” (DOP) produzido na área geográfica delimitada de produção, da região demarcada mais conhecida pela excelência da produção desta iguaria, obtido a partir de leite cru, de pasta semi mole, amanteigada, que está na base da afamada industria queijeira serrana.

 


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SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Os concelhos do atual solar dos ovinos da raça Mondegueira são constituídos a norte por solos esqueléticos de natureza granítica e pobre, de fraca potencialidade agrícola e de fertilidade mediana e a sul por solos graníticos ou xistosos, pobres, secos e parcos de vegetação. O terreno é acidentado e o clima atlântico ou sub-atlântico com grandes amplitudes térmicas e com invernos bastante rigorosos. A propriedade apresenta dimensão média, a norte e com tendência para aumentar, a sul.

As ovelhas Mondegueiras são exploradas em regime extensivo em que o pastoreio tradicional é dominante. A alimentação tem por base lameiros tradicionais que produzem essencialmente gramíneas e trevos em pastagens naturais permanentes de elevado valor nutritivo e que constituem uma excelente fonte de alimentação para estes ovinos, em verde ou em fenação.

A cultura de gramíneas, como o centeio, a aveia ou o azevém, são muito importantes para a sua alimentação e são bastante utilizados nesta região em diferentes períodos do ano, uma vez que asseguram aporte de alimento verde de qualidade, respetivamente, no inverno os dois primeiros (quando as baixas temperaturas impedem a produção de qualquer outra cultura) e na primavera o azevém. Também é utilizada a cultura de milho, sorgo ou feijão-frade para fornecer no verão aporte alimentar verde em época de carência alimentar. O pastoreio em determinadas épocas do ano do extrato herbáceo dos pomares e vinhas também é importante para a alimentação dos rebanhos.

No que diz respeito às espécies arbóreas, a vegetação é marcadamente variada, em que o carvalho negral, o freixo, o ulmeiro, a azinheira, o sobreiro, o choupo, o castanheiro, a amendoeira e essencialmente a oliveira, entre outras árvores de fruto, são importantes para complementar através das folhas, rebentos, frutos ou pastoreio sob coberto, a dieta alimentar dos rebanhos em determinadas alturas do ano, nomeadamente no outono e inverno em que escasseiam outros alimentos. Nas regiões onde se faz a cultura da vinha, a parra é igualmente utilizada na alimentação dos ovinos. Quanto às plantas arbustivas que compõem o mato rasteiro, as mais comuns nesta região são a giesta amarela e a giesta branca, arbustos espontâneos da família das leguminosas, que fazem parte integrante da dieta alimentar das ovelhas que pastam, sendo a sua vagem bastante apreciada por estes ruminantes (Pimentel J., 1995).

A dieta dos ovinos é também complementada com o aproveitamento de restolhos de áreas cerealíferas de trigo, aveia e centeio e, nos dias de intensa invernia que não permite os rebanhos saírem para pastoreio, com produtos hortícolas, nomeadamente, abóbora, batata, nabos e milho, entre outros. Não deixar de referir que o excelente feno obtido da erva dos lameiros tradicionais na primavera, de grande qualidade, designado como feno de fio, sempre presente no ovil, constitui um alimento essencial e fundamental no equilíbrio da dieta alimentar destes ovinos. Mais esporadicamente, são utilizados suplementos alimentares como complemento da dieta alimentar das ovelhas em produção (milho partido ou concentrado, disponibilizados no local da ordenha).

O principal objetivo das explorações de ovinos da raça Mondegueira é a produção de leite, logo seguido da produção de carne, através da comercialização do apetecível borrego churro de leite ou canastra, que constitui um complemento importante da produção leiteira. A produção de lã hoje em dia constitui o fator de produção com menor peso específico no rendimento da exploração (Dinis R., 1998).

A exploração é de caráter familiar, em regime extensivo, de pequena e média dimensão, sendo o pastor, na grande maior parte dos casos o próprio dono dos animais. Em 2013 a dimensão dos efetivos era bastante variável dentro do atual solar da raça, sendo o efetivo médio por produtor de 101 ovinos registados no livro de adultos com mais de um ano de idade, variando entre as 35,4 cabeças em Penedono e as 162 na Covilhã. Conclui-se também que 50% dos produtores têm mais que 100 animais e que só 17,9% têm menos que 40 ovinos. A relação de fêmea/macho é de 28,6.

O concelho da Covilhã, que apresenta a maior dimensão média de ovinos por rebanho de todos os concelhos, representa contudo só 10,7% dos rebanhos e 17,2% dos animais. O concelho da Meda que tem a maior representatividade de rebanhos e animais (39% dos rebanhos e 36,5% dos efetivos), apresenta um encabeçamento de 115 ovinos por produtor. Na Terra Fria Beirã encontram-se localizados 75% dos rebanhos com 69,8% dos animais. Os concelhos de Trancoso e da Guarda representam, cada concelho, só 3,6% dos produtores. O número de produtores e animais variam do seguinte modo em cada um dos concelhos:

Número de ovinos registados por concelho em 2013

 

São os acontecimentos de ordem religiosa que mais influenciam os hábitos que desde há muito regem o maneio desta raça. Contudo a aptidão leiteira da Mondegueira leva os seus proprietários a orientarem as cobrições de modo a que se verifique o período de alavão na altura desejada, sendo também a posterior venda dos borregos mais rentável (Pimentel J., 1995).

Nos efetivos cujo objetivo é a produção de leite a época das cobrições ocorre em maior número nos meses de abril a maio, estando esse fato associado a uma melhoria do regime alimentar e também ao efeito de macho, uma vez que estes estiveram fechados (invernados) nas “lojas”. Durante o período de aproximadamente cinco meses e meio, todas as ovelhas terão oportunidade de ficarem cobertas pois os carneiros são mantidos permanentemente com as fêmeas. Nos restantes meses, terão oportunidade de ser cobertas as fêmeas que pariram nos meses de janeiro e fevereiro, prolongando a sua lactação até fins de maio, assim como as malatas com idade aproximada de um ano resultantes de partos serôdios do ano anterior (Pimentel J., 1995).

Ciclograma do maneio produtivo e reprodutivo dos rebanhos da raça ovina Mondegueira

(Fonte: Pimenta J., 1995)

Nos rebanhos em que não é feita a ordenha os carneiros são mantidos permanentemente com as fêmeas e como consequência, a época das cobrições ocorre durante todo o ano.

 

Rebanho de ovinos da raça Mondegueira em pastoreio

 


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PRODUTOS DE INTERESSE

Sendo os ovinos da raça Mondegueira par dos ovinos de raça Serra da Estrela na região demarcada do queijo “Serra da Estrela”, esta raça também é corresponsável pelos mesmos três produtos de denominação de origem protegida, ligados à produção de leite naquela área geográfica de produção:

  • Queijo Serra da Estrela – DOP
  • Queijo Serra da Estrela Velho – DOP
  • Requeijão Serra da Estrela – DOP

O borrego churro da ovelha Mondegueira engloba a indicação geográfica do Borrego da Beira, reconhecido como produto IGP. Trata-se de um borrego cujo abate é feito entre os 40 e os 45 dias de vida, com um peso vivo inferior a 12 Kg. As carcaças têm um peso até 6 Kg, sendo o cheiro e o sabor sui generis.

 


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AGRUPAMENTOS DE PRODUTORES

Para os produtores de ovinos da raça Mondegueira com explorações localizadas na região demarcada do queijo “Serra da Estrela” que pretendam certificar o queijo ou requeijão, está em funcionamento o agrupamento:

 

Estrelacoop - Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela Parque Leilão de Gado Mercado Municipal 6360-344 CELORICO DA BEIRA Tel.: +351 271 741 321

Fax: +351 271 741 321

E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 

Para os produtores de ovinos da raça Mondegueira que pretendam beneficiar do uso da indicação geográfica protegida do Borrego da Beira, está em funcionamento o agrupamento:

 

Associação de Produtores de Queijo do Distrito de Castelo Branco Parque Industrial, Lote 5 6060 - 182 IDANHA - A - NOVA Tel.: +351 277 200 230 Fax: +351 277 200 239 E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 


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SITUAÇÃO ACTUAL E PERSPECTIVAS

Em 1970 a população de churro Mondegueiro era constituída por 150.000 animais (Inventário Biotipológico das Populações Zootécnicas Portuguesas, 1970).

No Arrolamento Geral de Gados do ano de 1972, o efetivo Mondegueiro, segundo o Instituto Nacional de Estatística, era composto por 70.952 animais, o que representava 2,9 % do efetivo nacional (Borrego J. 1985, citado por Pimentel J., 1995).

Em 1987 a Ficha da Raça Mondegueira da DGP referia 40.000 animais como efetivo de reprodução, representando nesta data 2% do efetivo nacional de reprodução (DGP, 1987).

Em 1990 foi efetuado um levantamento dos rebanhos de ovinos da raça Mondegueira onde se pode constatar a existência de 61 efetivos com 4.742 animais (DRABI, 1990).

Em 1992, segundo o Instituto Nacional de Estatística, o efetivo da raça Mondegueira contava com 6.000 animais, passando a representar 0,2 % do efetivo nacional (INIA, 1992, citado por Pimentel J., 1995).

Em 1995 o número de produtores era de 72, sendo o número de animais, cerca de 5.000. Em 2000 e 2005 estavam referenciadas respetivamente 4.500 e 3.500 fêmeas (DGAV, 2013).

Em 2008 o número de produtores era de 54, com 3.500 animais adultos (Santos-Silva J., et al., 2008).

Em 2009 eram 27 os criadores de animais desta raça, sendo o número de animais de 3.200 (SPOC, http://www.ovinosecaprinos.com, 2009).

Em 2010 eram 32 os produtores com 3.084 animais. Em 2011 mantiveram-se os produtores e os animais passaram a ser 3.109. Em 2012 o número de criadores baixou para 28 com 2.848 animais (DGAV, 2013).

Em 2013 existiam 28 produtores registados com 2.830 animais desta raça, sendo nota de referência o interesse verificado por novos produtores em adquirirem animais da raça ovina Mondegueira, contrariando assim, e pela primeira vez, o acentuado decréscimo verificado desde os anos 70 do século passado.

 

Evolução do número de animais da raça ovina Mondegueira 1970/2013

 

Evolução do número de animais da raça ovina Mondegueira 1995/2013

(* só foram contabilizadas fêmeas)

 

O interesse verificado em novos produtores adquirirem animais desta raça em 2013 pode ter a ver com a promoção e divulgação da raça em certames como a Feira Nacional de Agricultura, que se realiza em Santarém, a elaboração de um folheto de divulgação da raça ovina Mondegueira, disponível no sitio da DGAV, e a realização de ações de extensão rural (palestras ou personalizadas), efetuadas desde o início do ano 2013.

 

Presença de ovinos da raça Mondegueira em 2013 na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém

 

FOLHETO PARA DIVULGAÇÃO E PROMOÇÃO DA RAÇA

 

A produção de ovinos da raça Mondegueira constitui nesta região uma atividade com impacto direto na economia local, na sociedade e no ambiente através do modo de produção natural amiga do ambiente.

Um dos objetivos imediatos é dar continuidade à política de divulgação e promoção para que esta raça deixe de estar considerada em perigo de extinção. Para isso é necessário paralelamente dinamizar estratégias que permitam o aumento da rentabilidade económica das explorações, melhorando continuadamente os canais de comercialização dos produtos da fileira.

Pretende-se que todas as explorações cuja atividade principal é a produção de leite (independentemente de venderem para a industria ou fazerem queijo) adiram ao contraste leiteiro e simultaneamente, aumentar o número de lactações válidas, como caminho imediato para fornecer indicação aos produtores, que permitam melhorar a produtividade leiteira das futuras reprodutoras, através da criação das filhas das melhores fêmeas reprodutoras em cada rebanho, para futura reposição. Simultaneamente dar continuidade a um trabalho de rigor dos registos de partos e de pesagem de borregos e avaliar continuadamente os índices de crescimento dos borregos, com reflexo na melhoria da produção de carne de excelente qualidade e tão importante para a economia das explorações.

Pretende-se, em parceria com outras instituições, nomeadamente estabelecimentos de ensino superior de âmbito regional ou nacional, promover o desenvolvimento de trabalhos sobre caracterização genética da raça de modo a dar mais consistência ao programa de seleção.

A criação de projetos-piloto para melhoramento de reprodutores machos com ascendência conhecida, seria também uma estratégia importante, tendo em vista a necessidade de acelerar o progresso genético da raça.

O programa de conservação e melhoramento tem que ser implementado de uma forma muito pragmática, muito ligada à realidade existente e complementar ao excelente trabalho de seleção fenotípica que os produtores têm feito até aos dias de hoje, nunca descurando o princípio da confiança, e reforçando a transparência na comunicação e divulgação da informação aos produtores. É preciso ter sempre em conta as caraterísticas das explorações, dos diferentes sistemas de produção (leite ou carne) e as dificuldades associadas ao reduzido número de animais e aos problemas de desistência que daí advêm.

Estamos conscientes que estamos numa fase diferente relativamente a outras raças autóctones, mas também estamos muito conscientes que temos um grupo de produtores sérios e interessados em preservar e melhorar a raça e um grupo de trabalho profissional.

Urge encetar uma maior promoção desta raça milenar com fortes tradições na região, tendo em conta as caraterísticas (excelentes e estáveis) dóceis e de fácil maneio, boa adaptação ao meio e ótima rusticidade, frente a raças exóticas invasoras, provenientes de outros países e colocá-la na rota de preservação, para assim, encarar com otimismo o futuro desta raça autóctone, atualmente em perigo de extinção.

Já Pimentel J. (1995) definia, com o objetivo de aumentar as produções e consequente rendimento dos produtores, uma correta avaliação do potencial da raça Mondegueira no seu solar de origem, onde poderá demonstrar bastante interesse, atendendo à sua rusticidade e elevada aptidão leiteira no sistema de exploração tradicional.

As raças autóctones desempenham um papel importante no aproveitamento dos recursos forrageiros de determinadas regiões, na manutenção dos sistemas pecuários extensivos e na obtenção de produtos pecuários de excelente qualidade, fixando desta forma a população local, designadamente nas regiões mais desfavorecidas, com evidentes fragilidades estruturais e caraterizadas por uma acentuada recessão demográfica, baixo nível de vida das populações e envelhecimento das mesmas (Pimentel J., 1995).

Em síntese, é do maior interesse para a região e para o país a manutenção deste importante património genético local, apostando cada vez mais no relançamento da raça ovina Mondegueira, tendo em conta que os produtos obtidos na sua exploração têm atualmente apreciável valorização, sendo previsível a curto prazo, que o seu escoamento no mercado interno de qualidade pode incrementar.

Existe ainda margem de progressão para melhorar a raça Mondegueira, sempre no caminho da preservação da diversidade genética, indispensável para alcançar a utilização sustentável e racional do meio rural, em concelhos do interior, como é esta região.

Por último refiro que o temperamento da ovelha de raça Mondegueira, que demonstra uma grande afetividade ao seu pastor, pode ser um fator importante na decisão da escolha desta raça.

Não sabemos até que ponto irá persistir a raça ovina Mondegueira, mas devemos implementar todas as medidas de conservação para evitar a perda genética e de biodiversidade que esta raça representa para a região e para o país, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para manter este património que é de todos e assim, não deixar de ouvir os sons das campainhas de bronze, com as quais as ovelhas Mondegueiras mais bonitas do rebanho quebram o silêncio da paisagem serrana com autênticas melodias campestres, em homenagem aos últimos campainheiros.

 


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ROTA DA RAÇA E DOS SEUS PRODUTOS                            

 

CRIADORES

2013

Alexandre Daniel Soares Moreira

Fonte Longa, Meda

Alfredo César Leocádio Primo

Carvalhal, Meda

Américo Manuel Coito

Minhocal, Celorico da Beira

António João Azevedo Nunes

Qtª Tapada Lage, Peraboa, Covilhã

Atrasdosbarrocos.com, Unipessoal Lda.

Miguel Choco, Trancoso

Carlos Filipe dos Reis

Qtª da Avessada, Ferro, Covilhã

Curcino Soares Alexandre

Qtª Chão Moinho, Olas, Belmonte

Diogo Osório Viana Crespo, Cabeça de Casal da Herança de

 

Qtª do Pinheiro, Cavadoude, Guarda

Francisco Amaro Coito

Minhocal, Celorico da Beira

Francisco António Lopes Moreira

Lugar das Pereiras, Meda

Francisco António Valongo Dias

Bairro Vale do Pombo, Meda

Horácio dos Reis Lopes

Bouça Cova, Pinhel

João Carlos Antunes Caetano

Rabaçal, Meda

João Ferreira Rodrigues

Qtª da Picoila, Granja, Penedono

Jorge dos Santos Ricardo Primo

Qtª Grossa, Pai Penela, Meda

Jorge Manuel Almeida Baraças

Qtª da Torre, Pinhel

José Joaquim Pimenta

Ourozinho, Penedono

José Joaquim Ramos Dias

Qtª Cimeira, Maçainhas, Belmonte

José Joaquim Soares Casaca

Qtª Lavajola, Malpique, Belmonte

Lameagro, Sociedade Agrícola, Lda.

Qtª do Lameirão, Peraboa, Covilhã

Marcolino Augusto Marra

Ranhados, Meda

Maria Amélia Roque

Póvoa de Penela, Penedono

Maria Conceição Matos M. Soares

Qtª do Meio, Maçainhas, Belmonte

Maria de Lurdes Afonso

Ourozinho, Penedono

Maria Odete Jerónimo

Forno Telheiro, Celorico da Beira

Maria Ondina M. Gonçalves Dias

Quinta Nova, Pinhel

Mário João Videira

Qtº Vale Figueira, Rabaçal, Meda

Teresa Jesus Valongo Dias Abrunhosa

Qtª da Ramalhosa, Meda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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SITES SOBRE A RAÇA

 

http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV

http://www.ovinosecaprinos.com/mondega.html

http://www.sprega.com.pt

http://www.atrasdosbarrocos.com/CHURRA.html

http://ptqc.drapc.min-agricultura.pt/home.htm

http://confrariadoqueijoserradaestrela.com

http://www.turismoserradaestrela.pt/index.php/pt/a-regiao/queijo-da-serra

http://www.mun-guarda.pt

http://www.jf-macainhas.com

 


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BIBLIOGRAFIA

 

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Santos Silva, M., Carolino, N., Oliveira e Sousa, M., Carolino, I., Telo da Gama, L. Caracterização Genética da Raça Ovina Serra da Estrela: Variedades Branca e Preta, Relatório de actividades realizadas no âmbito do protocolo de colaboração entre o INRB, I. P. e diversas associações de criadores, para dar cumprimento à acção 2.2.3 “Caracterização Genética por Análise de ADN” prevista no programa PRODER, INRB.

Santos-Silva, F., Ivo R., Sousa M.C., Carolino I., Carolino N., Gama, L.T., 2009. Analysis of Genetic Structure of Portuguese Sheep Population from Churro Branch, Archivos de Zootecnia, 58 (supl. 1) 493-496.

Santos-Silva, F., Ivo R.S., Sousa M.C.O., Carolino M.I., Ginja C., Gama, L.T., 2008. Assessing genetic diversity and differentiation in Portuguese coarse-wool sheep breeds with microsatellite markers, Small Ruminant Research 78 (2008) 32-40.

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